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Maratona do Porto e Family Race 2017

Ontem, dia 5 de Novembro de 2017, a Associação Beat Your Limit! esteve presente pelo 4º ano consecutivo na Maratona do Porto. Desta vez, o Rui da Silva e o Manuel Fonseca foram os atletas que desafiaram a prova rainha do atletismo de estrada.

O Rui da Silva e o Manuel Silva tentavam terminar a sua 2ª maratona.  O dia esteve com as condições ideais para os atletas realizarem uma boa prova. Estava sol, temperatura amena e pouco vento (embora ao longo da prova fosse aumentando de intensidade).

Os primeiros atletas da Associação Beat Your Limit! a chegar à meta foram o João Laranjeira, Inês Pires e Antônio Nascimento pois estiveram presentes na Family Race (prova de 15km).  A classificação dos nossos atletas foi a seguinte:

João Laranjeira
00:58:07 – 52º lugar da geral e 21º do escalão.

Inês Pires
01:21:50 – 659º lugar da geral e 42º lugar do escalão.

Antônio Nascimento
01:19:13 – não se classificou pois correu com dorsal da maratona.

Em relação à prova principal do dia, infelizmente apenas o Rui da Silva a terminou. O Manuel Fonseca não estava 100% preparado fruto de uma lesão no tendão de aquiles. Ao km 36 e já com bastantes dificuldades, decidiu abandonar a prova.

O Rui Silva não fez a prova esperada, mas lutou como um verdadeiro campeão. Mesmo com enormes dificuldades, não desistiu e aguentou até ao fim, tendo terminado a prova em 3 horas, 55 minutos e  segudos. Classificando-se assim na 2048º posição da geral e 340ª posição do escalão.

A Associação Beat Your Limit! felicita todos os atletas por mais um exemplo de forte espírito de sacrifício e foco em atingir os seus objetivos.

TU COMANDAS O TEU SONHO!

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Ultra Trail Mont Blanc

No dia 3 de Setembro, o Kaká Jesus atinge o ponto mais alto da sua vida desportiva. Finalmente cumpre o sonho e termina a Prova do Trail Running – o Ultra Trail Mont Blanc.

Pouco mais de 42 horas depois do tiro de partida, que se deu ao som da música  Conquest Paradise dos Vangelis, o Kaká finalmente corta a linha da meta e escreve o primeiro parágrafo de uma história que marcará para sempre a sua vida e a vida da Associação Beat Your Limit!.

Um momento inspirador que fica registado pelo relato na primeira pessoa que vamos apresentar de seguida. Não deixem de ler até ao último parágrafo, pois estamos certos que muitas lágrimas vão escorrer pela vossa cara e muitos arrepios irão sentir. Inspirem-se por mais um grande feito desportivo do Kaká.

Do sonho à realidade em 167 km…

As preocupações com o Ultra Trail Mont-Blanc (UTMB) começaram bem cedo para mim, uma vez que no início do ano me deparei com uma lesão no joelho que quase deitou tudo a perder. Não pude sequer gozar a sensação de finalmente ter sido selecionado para a prova! A minha preparação foi limitada durante um certo tempo, não conseguindo até participar em algumas provas que tinha planeado como preparação para esta grande batalha, como foi o caso do Madeira Island Ultra Trail (MIUT). Ainda assim, com confiança, foram meses de muito sacrifício, muita dedicação, muito trabalho e muitos quilómetros nas pernas. O trabalho de casa foi feito e esperava, por isso, a devida recompensa.

No dia 29/08, terça-feira, estou de partida para Chamonix, com a minha mulher (Cristina) e recebo então a minha primeira injeção de boas energias. A minha querida equipa Associação Beat Your Limit! (BYL!) colocou uma tarja nas redes do aeroporto com a seguinte mensagem: ”Chegou o momento. Bem-vindo ao sonho. Concretiza-o por nós!” Não há palavras para descrever a emoção, e ao mesmo tempo o sentido de responsabilidade, que nos invade com estas demonstrações de carinho. São muitos corações a bater por nós… Obrigada grande família!

Partimos então para Genebra, na companhia dos companheiros que iriam partilhar a casa connosco, a Sofia seguia no voo da tarde.

Chamonix a terra dos sonhos, onde se vive e se respira Trail ao longo de toda a semana. As vistas são deslumbrantes, de cortar a respiração mesmo. Sente-se uma adrenalina, um ambiente fantástico, que emoção estar ali…

O dia da prova não chegava e a ansiedade crescia de uma maneira como nunca tinha sentido. À medida que os dias iam passando, as notícias pioravam. As condições climatéricas eram adversas ao ponto da organização se ver obrigada a fazer pequenas alterações no percurso da prova rainha, proibindo que se ultrapassassem os 2600 metros de altitude. O desconforto e a preocupação eram evidentes na cara de todos os atletas. Começa então a “caça” à roupa quente, casacos impermeáveis e até luvas de cozinha…tudo valia para enfrentar este desafio.

Os “Chamonixenses”, os meus companheiros e amigos de casa, estavam também muito preocupados com o estado do tempo, mas a partilha de informações, experiências e de possíveis soluções estiveram sempre presentes. Sentir este companheirismo, e a preocupação de uns pelos outros, foi um tónico extra para mim.

Entre a partida do PTL, passando pelo CCC, TDS e OCC lá chegou a hora da verdade, a partida do UTMB, a partida para a realização de um sonho. Entre nervos, lágrimas, abraços e beijinhos lá nos posicionamos na linha de partida. A elite à frente, como habitualmente, seguida do resto da multidão. Bem cá atrás estava eu, o Vitor Coelho, a Sofia Coelho e o Paulo Alves. Éramos quase os últimos 😉

Ao som de Vangelis, e com as emoções à flor da pele, inicia-se o countdown para uma das maiores aventuras da minha vida.

O ambiente era fantástico, a vila de Chamonix quase vinha abaixo com os milhares de pessoas espalhadas pela rua. Senti-me um verdadeiro herói, mesmo que desconhecido, para toda aquela multidão. Gritava-se por Portugal à nossa passagem porque o Vítor levava a bandeira presa num bastão 😉

Os primeiros 8 km, até Les Houches, foram de consagração, tal era a forma como éramos acarinhados pelas pessoas que inundavam as ruas. Entramos num trilho bom, mas o pelotão era imenso e, por isso, passar esta malta toda iria ser uma luta.

Fiz a primeira subida em modo tranquilo, num constante zigue zague, que cruzava uma pista de ski e com vistas deslumbrantes. De facto os Alpes apresentavam-se no seu melhor! Segue-se a descida para o primeiro abastecimento, em Saint Gervais, onde chego com o Vitor. A noite estava fria e, por isso, visto o corta-vento. De frontal já ligado, arranco para uma escalada de quase 25 km, até ao abastecimento de Les Contamines. O mau tempo anunciado começa a dar o ar da sua graça, lá no alto, aos 2500 mt. A meio do percurso começo a sentir os efeitos da altitude (já tinha percebido que não lido bem com a ela, a subida Aiguille du Midi dias antes foi o exemplo). Dores de cabeça e ouvidos, tonturas, pernas pesadas… O corpo parecia querer ceder. Quando me sinto quase a desmaiar aparece-me um banco, no meio do nada, em pleno trilho. Nem sei explicar. Parecia ter sido ali colocado só para mim. Fui a tempo de me sentar, respirar fundo, e tentar acalmar. Bebo o primeiro gel e ligo à Cristina, em desespero, com lágrimas nos olhos… Como era possível concluir esta prova, quando ainda no início me sentia assim tão mal, sem forças, e com um peso no corpo?! Ela tenta acalmar-me e pede-me que siga ao seu encontro, até ao abastecimento, onde esperava por mim. Saber que ela lá estava deu-me forças para seguir.

Ao entrar no abastecimento deparo-me com um cenário de “quase guerra”. Malta aos magotes, chão enlameado, não havia lugar para me sentar e poder ser assistido pela minha equipa de apoio… Avisto o Vítor, que tinha sido a minha companhia até me ter sentido mal, dou-lhe um abraço e em lágrimas digo-lhe: ”estou todo f#%”#”. Ele já de partida diz-me: “vais dar a volta, vais dar a volta!”. Tenho então a Cristina à minha espera, em pânico por me ver naquele estado, desanimado, desorientado… Começa ela a tratar de mim, e a passar-me todas as mensagens de apoio que tinha recebido de Portugal, quando entretanto se junta a nós a Andreia que nos diz que a Sofia está a chegar e que temos que sair juntos para nos apoiarmos. Abençoadas palavras, abençoada Sofia!!! Troquei de roupa, comi um prato de Cerelac, vesti o impermeável Gor-tex e lá arranco na companhia da Sofia. Ainda debilitado, tento acompanhar o ritmo dela mas não estava fácil. As dores de ouvidos não passavam e quase não conseguia manter um trote!

Uns km à frente chegamos a Notre Dame, um cenário lindíssimo, cheio de luz, com tochas e uma multidão que só de pensar arrepia. Avisto o Jaime Sousa, a Andreia e a Cris, e como foi bom voltar a vê-los, ainda que só de relance. Ganho mais confiança e sigo na passada da Sofia (diga se de passagem que foi a mulher com quem passei mais tempo acordado J). Tínhamos delineado uma estratégia: quer a subir, quer a descer, a Sofia impunha o ritmo! E assim foi até ao fim…

Escalamos até ao Croix du Bonhomme, e o frio meteu a cabeça de fora. Tinha as mãos congeladas e só queria descer o mais rápido possível, para aquecer. Estava nevoeiro, e mesmo com o frontal ligado, a visibilidade era muito má. O pelotão ainda seguia compacto, e o silêncio era ensurdecedor! Nunca estamos sozinhos, mas sentimos uma solidão tremenda…

Chegados a Les Chapieux, e depois de um acenar para a câmara que a organização coloca ao dispor de quem nos quer seguir nesta aventura, lá abastecemos e seguimos fortes em direção a Itália, até Col de La Seigne. Sentíamo-nos bastante bem, a passo nas subidas e corrida nas descidas. O problema nesta fase eram os restantes atletas com quem nos cruzávamos, que não nos deixavam passar… Enfim, algumas atitudes menos dignas! Também faz parte!

Já de dia, e com os sentidos mais despertos, a saga continuava. Em Lac Combal as paisagens eram de cortar a respiração. Queríamos olhar para todo o lado, no entanto, qualquer distração poderia ser fatal, já que o piso estava miserável. O foco era o trilho! A saída deste abastecimento foi penosa para mim, o corpo não queria, a cabeça dizia para caminhar mas o trilho era bom para correr. A Sofia insistia comigo mas naquele momento não dava, estava em modo preguiça e simplesmente não corria 😉

Dali a Courmayeur eram 13 km. Sabia que tinha a Cristina à nossa espera, e como eu ansiava esse momento. Subimos sempre com uma boa passada e a descida de 9 km para a base de vida foi feita a bom ritmo, mas com a máxima de proteger os quadríceps! Durante este percurso, em Col Checrouit, fomos brindados com a famosa pasta, não estivéssemos nós em Itália! Duas de letra com o Fernando Ferreira, com Fernando Mendes e com o Bruno Macedo e lá continuamos a nossa prova. Enfrentamos uma descida em terra batida, muito técnica, com muito pó e finalmente o alcatrão de Courmayeur.

Fomos recebidos pela nossa Cristina, que foi incansável. Só de pensar que percorreu quilómetros com uma mochila de 30 litros às costas, carregada com tudo aquilo que eu precisava… Também ela penou!

Mudança total de roupa, uma boa refeição e algum descanso. Tudo a pensar que iria agora começar a segunda parte da prova. Faltava outro tanto de desnível positivo, no entanto, a moral estava lá em cima! Eu e a Sofia só tínhamos em mente conquistar Chamonix!

Fomos em busca dos refúgios, Bertone e Bonatti, o sobe e desce eram constantes e a paisagem era, mais uma vez, de cortar a respiração. O imponente monte branco lá estava, impávido e sereno, lindo e monstruoso, digno de uma paragem Facebook. O tempo estava mau, muito mau, frio, chuva e neve, um verdadeiro cenário de guerra no Bonatti. Mas o pior estava para vir: A descida para Arnouvaz foi horrível!!! Tanta, mas tanta lama, frio, muito frio… Entramos no abastecimento e, mais uma vez, o caos estava instalado. Nunca tinha visto tal coisa na vida. Apesar de não poder dar assistência, a Cristina lá estava à nossa espera, só para nos motivar e animar. Gelada, claro (quem a conhece sabe que odeia o frio J). Entramos na tenda e tentamos aquecer. Estávamos gelados, cheios de lama, mas com uma vontade enorme de enfrentar a próxima besta, a subida ao Grand Col Ferret!

Era obrigatório sair com calças impermeáveis e assim foi, vesti tudo, calcei dois pares de luvas e, depois de uma beijoca e um abraço à Cris, seguimos apreensivos. A Sofia estava confiante mas o que vinha pela frente era tudo menos inspirador de confiança. Continuava a chover e o frio aumentava. A sensação térmica era terrível, as mãos estavam congeladas, nem sequer a porra do telemóvel conseguia tirar do casaco. A Sofia bem que tentou, mas assim que conseguiu, o telemóvel morreuuuuu, tal era a diferença de temperatura. Apesar disto, foi a subida que até hoje mais gostei de faze Aquilo era simplesmente maravilhoso, quase que conseguimos tocar nas sapatilhas de quem vai no patamar acima de nós… AMEI! Os 2500 metros de altitude eram implacáveis, o frio e a neve eram por demais, estava congelado e neste momento só queria correr, correr e correr, o mais depressa possível para começar a baixar a cota e poder sentir novamente as minhas mãos. Entramos na Suíça e para evitar pagar roaming tive que desligar o telemóvel com a ponta do nariz. Agora pensem…

Os 20 km seguintes eram sempre a descer. Passamos La Fouly e seguíamos fortes. Chovia mas nada do outro mundo, e tínhamos mais 10 km de descida, em estrada, até começar a subida para Champex-Lac. Já estava farto da estrada e tinha as pernas muito massacradas. Passamos entretanto por um abastecimento “familiar”, na entrada de uma casa, onde nos serviram chá e café bem quentinhos. Atitude muito generosa daquela família, mesmo ao frio, não deixaram de lá estar a apoiar qualquer desconhecido que passava! Muito OBRIGADA!

A subida seguinte era curta mas massacrante, o terreno estava cheio de lama, tinha muitas raízes e estávamos já na segunda noite. A concentração estava em níveis muito baixos e foi somente a partir deste momento que deixamos de ter filas de atletas para passar. Que alivio! Éramos só os dois e o trilho basicamente!

Como se foi tornando hábito, ao entrar no abastecimento sorrimos para as câmaras de filmar, para acalmar o coração de quem nos seguia. Tínhamos chegado a Champex Lac e aqui ganhamos um novo companheiro de viagem… A vontade de comer ou beber tinha desaparecido há algum tempo, mas lá fiz um esforço para comer um caldo com pão. Enquanto isto, surge ao pé de nós a Alexandra, que acompanhava o Paulo Alves, dizendo que ele queria desistir. Sentia tanto frio e tinha tanta dificuldade em aquecer que queria desistir a 40 km do fim. Achava que não valia a pena arriscar a vida por um colete, dizia ele! Mas a conquista da meta é muito mais que isto. Claro que não o deixamos para trás e a partir daqui a viagem foi feita a 3! Tínhamos pela frente 3 picos, cada um deles com quase 1 km vertical.

Depois de corrermos com o famoso lago Champex do nosso lado esquerdo, entrar no trilho foi um instante, e minha gente, WTF, que parede, que monstro… Só temos esta perceção porque ao longe, muito longe, avistamos as luzes dos frontais dos outros atletas. Em fila indiana, com a Sofia no comando, aliás como sempre, lá fizemos o nosso caminho, focados na nossa missão e na enorme vontade de terminar a prova. Seguíamos fortes e íamos vergando o monstro a cada passo e a cada metro. Só queríamos conquistar mais um topo e chegar a Trient, onde mais uma vez a Cristina nos esperava. Na descida a Sofia impunha um ritmo forte de corrida e eu só pensava que ela nos ia matar J Entretanto, o Paulo ressuscitou! Sorriso a três para a câmara e entramos para reabastecer. A Cris sempre incansável, sempre pronta a ajudar, quer a encher os flasks, quer a ir buscar comida… Isto teria sido bem mais doloroso sem ela!

Estávamos bem confortáveis com o tempo de corte, cerca de 4h. Seguimos para a próxima parede! Lá atacamos de novo mais uma besta, mas o pior estava para chegar: o SONO! O primeiro a manifestar-se foi o Paulo, em Catogne. Enquanto a Sofia tirava uma peça de roupa para vestir ele adormeceu. Se estivesse sozinho bem que lá ficava! Passados uns minutos tanto eu como a Sofia cedemos também ao sono e ao cansaço. Não conseguíamos correr, estávamos a morrer de sono e sabíamos que tínhamos que dormir um pouco no próximo abastecimento. Só que chegar até lá foi um suplício. A luz do nascer do dia era ainda mais perturbadora. Perdemos mais de 1h nesta descida, que era tão boa para correr! Os km não passavam, a descida parecia interminável, um massacre e um desespero. Dormitávamos enquanto caminhávamos, uma loucura. Finalmente chegamos a Vallorcine, tristes, desanimados e mortos de sono. Mais um gesto para a câmara, um bom dia à Cristina que estava preocupada com a nossa demora, e pedimos que nos deixasse dormir um pouco. E assim foi, aterramos, literalmente. Imenso barulho à nossa volta, uma confusão desgraçada e nós aterrados. Dormimos 25 minutos e ficamos como novos, cheios de energia e com uma vontade enorme de seguir caminho. Tomamos café e umas bolachas e “siga dali para fora”. Tínhamos mais uma parede para vergar e seria a última…

Seguimos num trote forte, com as energias renovadas, depois de um longo sono de 25 minutos. Antes de iniciar a última subida toca a tirar a roupa. Estava calor e já não se justificava as calças impermeáveis, o GorTex, a camisola térmica e as luvas! Pelo caminho faço um direto para o Facebook, ligo à Cristina para que soubesse que estávamos bem e animados, e atendo algumas chamadas. Estava fresco que nem uma alface. La Flégère estava mesmo ali, era mais uma subidinha e acabava a tortura… Bebemos água no abastecimento e dali até a meta eram 8km sempre a descer, sempre a curtir… Num ritmo bem forte fizemos aquela descida, no início com uma inclinação brutal, que depois amenizou. Eu, o Paulo e a Sofia já só pensávamos em chegar o mais depressa possível a Chamonix, ao palco de todos os sonhos…

Ao entrar na vila de Chamonix, passamos a zona onde estava montado todo o apoio da organização para a prova, e no final da avenida estava a Cristina à nossa espera com a bandeira de Portugal na mão. A vila estava apinhada! Toda a gente nos felicitava. Batiam nos placares com uma força tremenda, gritavam por nós e por Portugal. Simplesmente de arrepiar… Cerca de 1 km até à meta com um ambiente extraordinário. Mais próximo da meta, os nossos amigos Chamonixenses, o Vitor, o Jorge, o Jaime, a Lucinda, a Ana Maria, a Andreia e a Joana, gritavam por nós, felizes por finalmente estarmos todos de volta a Chamonix. Tinha sido uma jornada bem sucedida para todos (100% de sucesso)! Curva contra curva e eis que avistamos o pórtico. A realização de um sonho estava apenas a uns metros de distância. O êxtase da multidão, o orgulho, o sentimento de dever cumprido e de gratidão para com todos os que nos acompanharam nesta viagem invade-nos o coração. Com euforia, cortamos e meta. Abraçado à Sofia, agradeço e digo-lhe: ”excelente trabalho!”.

De coração cheio penso: sonho concretizado… venha o próximo desafio… BYL!.

Ironman Emilia Romagna

Dia 23 de Setembro às 07:30, hora local, (06:30 em Portugal) tinha início o Ironman Emilia Romagna. A cidade de Cervia, na região de Emília Romanha, recebeu mais uma prova do circuito mundial de Ironman. Mais de 2500 atletas partiam para mais uma aventura, onde apenas os homens de ferro teriam o privilégio de pisar o corredor mais desejado na provas de triatlo de longa distância.

A Associação Beat Your Limit!, representada pelo atleta João Laranjeira, marcou mais uma vez uma página da sua história, na modalidade de Triatlo. A prova Ironman, composta por 3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42,2 de atletismo, é a prova mais procurada pelos triatletas de longa distância. O sonho de estar presente no campeonato do mundo de Ironman, disputado no Hawaii (EUA), move muito destes atletas. No entanto, finalizar uma prova Ironman é por si só um desafio de uma dificuldade extrema. Os atletas preparam a prova durante longos e duros meses para num dia apenas concretizarem o sonho, que por vezes é o sonho de uma vida.

Para sabermos como correu a prova ao nosso atleta, estivemos à conversa com o João Laranjeira, tentando saber mais pormenores sobre mais um momento marcante na sua história como desportista.

Associação Beat Your Limit! : Contextualizando as tuas expectativas para este Ironman e o resultado obtido, como correu esta prova?
João Laranjeira : Infelizmente a prova não correu como eu esperava. O meu objectivo era claro: baixar as 10:30. A preparação para este Ironman correu bastante bem e estava confiante em atingir o meu objectivo. No entanto, no início do atletismo percebi que não estava nas condições ideias para fazer um bom segmento de atletismo. Decidi forçar ao máximo, mas ao km 25 percebi que não tinha muito mais para dar.

ABYL : Mesmo depois de perceberes que as coisas não iam correr como esperavas, como foste buscar forças para chegares até à linha da meta?
JL : Ao km 25, quando senti o corpo a “desligar”, ainda estava bem dentro dos meus objectivos. No entanto, sabia que a partir desse momento o meu desempenho ia cair. Rapidamente decidi que não podia parar, pois caso o fizesse eu não acabaria a prova. Foi uma luta que ainda não consigo descrever. No início senti-me humilhado, pois tinha trabalhado bastante e tive receio que não conseguisse terminar a prova. Comecei por pensar em tudo que tenho feito no desporto e na mensagem que tento passar diariamente para os atletas e sócios desta associação. Lutei com todas as minhas forças e levei o meu corpo até à meta. Terminei, que é o mais importante, mas sofri como nunca tinha sofrido. Não quero voltar a ter estas sensações!

ABYL : Mesmo assim conseguiste terminar a prova e até bater o teu recorde pessoal…
JL : Sim, é verdade. Foram dois objectivos cumpridos! No entanto, fico sempre com a sensação que a história podia ter sido outra. Não fico frustrado, pois já faz parte do passado, mas tive dificuldade em digerir tudo o que aconteceu!

ABYL : Fazendo uma análise global, achas que foi uma participação e experiência positiva?
JL : Claro, sem dúvida. Participar num evento desta exposição mundial, com grandes atletas europeus e mundiais, é sempre um prazer e orgulho enorme. Também tive a sorte de trocar experiências com um grupo de atletas portugueses que além de excelentes desportistas são pessoas extraordinárias. Aprendi muito, troquei experiências e vivi mais um grande momento na minha vida. Cortar aquela meta e ouvir o tão desejado “You’re an iroman” é indescritível, seja em que condições for!

ABYL : Já estás recuperado? Quais os próximos objectivos?
JL : Hoje posso dizer que já estou recuperado, mas foi um processo bastante lento e moroso. Tive bastante dificuldade em recuperar, o que demonstra as condições em que terminei a prova. Neste momento estou numa fase de transição. Vou aproveitar estas semanas para me preparar para o novo ciclo de treinos que preparará a próxima época. Para o ano vou apostar forte na distância de triatlo longo (half-iroman). Quero evoluir nesta distância durante o ano de 2018, para no ano seguinte voltar à distância Iroman de forma mais consistente.

O João Laranjeira terminou o Iroman Emilia Romagna em 10 horas e 46 minutos (01:00:18 natação; 05:43:09 ciclismo; 03:47:41 atletismo), classificando-se no 484º lugar da geral e 72º lugar do escalão M30-34.

A Associação Beat Your Limit! felicita o nosso atleta e agradece ter proporcionado mais um momento histórico na vida da nossa associação!

BEAT YOUR LIMIT NOW!

IronMan 70.3 Cascais

No dia 3 de Setembro teve lugar pela 1ª vez em Portugal uma prova organizada pela reconhecida marca mundial IRONMAN. Com a distância Half-IronMan (1.9km natação + 90km ciclismo + 21,1km atletismo), foi com grande entusiasmo que o público português recebeu este mega evento.

A Associação Beat Your Limit! esteve representada por 2 atletas no IronMan 70.3 Cascais. Dois atletas que decidiram bater os seus limites. O Rui da Silva e o André Guerra conseguiram superar o desafio com sucesso, obtendo as fortes energias de participar numa prova de IronMan.

Os nossos atletas obtiveram as seguintes classificações:

Rui da Silva
Natação : 00:38:00
Ciclismo : 02:42:10
Atletismo : 01:46:12
Geral : 05:16:29
Classificação Geral : 395º
Classificação Age Group 30  : 71º

André Guerra
Natação : 00:42:08
Ciclismo : 03:07:21
Atletismo : 01:41:01
Geral : 05:44:44
Classificação Geral : 756º
Classificação Age Group 30  : 165º

De forma a perceberem todos os sentimentos que um atleta que participa numa prova de tal grandeza sente, aqui fica um relato do nosso atleta Rui da Silva.

Quando comprei a minha primeira bicicleta de estrada, em Março de 2017, para dar umas voltas e fazer o trajeto casa – trabalho e vice-versa, estava muito longe de pensar que nesse mesmo ano iria fazer um triatlo longo distância Half-Ironman.

A 18 de Março dou a minha primeira volta acima de 100km, um trajeto mais ou menos pacifico até Entre-os-Rios em ritmo de passeio e como qualquer praticante da modalidade de ciclismo nos dias de hoje, após uma voltinha o primeiro reflexo é ver no Strava quantos recordes conseguiu bater. Com resultados satisfatórios para uma primeira volta, é merecedora de partilha no instagram e quem reparou no meu post foi o Ironman João Pedro Laranjeira, presidente da Associação Beat Your Limit! e amigo de longa data.

Combinamos ir fazer um treino no sábado seguinte, uma volta curta até à barragem de Crestuma-Lever pois era dia de “Brick” para o João. Pelo caminho foi-me contando como tinha sido a experiencia do Ironman 140.6 Barcelona, do Northwest Triman e de todo o planeamento, treinos, e logística implicada neste tipo de desporto que é o Triatlo.

Terminado o treino, chego a casa e vejo alguns vídeos sobre Ironman. O mítico Ironman do Hawaii onde tudo começou a umas décadas atrás… Mais site menos site, surge a publicidade que se iria realizar o 1º Triatlo Sprint em Matosinhos em meados de Maio e em Setembro o primeiro Ironman em Portugal mas em distâncias Half.

Os astros estavam alinhados e a mensagem foi clara e recebida. No meu pensamento só passava uma frase: “Vamos a isso!”

Durante a Corrida do Mar em Leça da Palmeira, conheço mais alguns elementos do BYL! e associo-me. Estávamos a 7 semanas do Triatlo de Matosinhos e juntamente com o João é desenhada a 1º fase no planeamento de treinos rumo ao IM70.3 Cascais Portugal.

“Tu vais chegar lá bem preparado, vais ver, tens mais que tempo suficiente” – João Laranjeira

(…)

4 Meses depois rumo a Lisboa:

Manhã de Sábado, saio de Leça da Palmeira em direção a lisboa pela A28 sou surpreendido por uma tarja num dos viadutos. BYL! a fazer das suas. O Apoio que se manifestava sempre que um de nós entra em cena tinha vindo na minha direção.

Após umas horas de viagem, chego a Cascais e a primeira coisa que vejo é a Bandeira IronMan hasteada e imponente na Marina. As grades já colocadas na rua começavam a completar o trajecto da prova na minha mente. Estava a horas de passar por ali para só parar quando atravessa-se a meta . Dirigi-me ao Secretariado e levantei o meu dorsal, recebi a minha mochila, pulseira, chip com GPS e ultimas indicações dos voluntários.

O vento em Cascais na noite de 1 para 2 de setembro fez-se sentir, por vezes com rajadas bastante fortes, o que levou a Organização a adiar o check-in das bicicletas para a madrugada de 3 de Setembro de forma a garantir que o material não se danificava durante a noite no parque de Transição instalado na marina de Cascais.

Este adiamento, fez com que no briefing que ocorreu no dia 2 às 15horas, fosse estipulado um novo horário de check-in de bicicletas a partir das 4:30 ate às 6:30 do dia da prova.

Finalmente chegou o grande dia. Às 4:10 da manhã toca o despertador e recebo a wake-up call do hotel. Pequeno almoço é tomado no quarto e sem alterar muito do pequeno almoço habitual que fazia durante os meses de treino. Confirmar a check list e os sacos para ver se não fica nada esquecido e avançar rumo a Cascais por volta das 4:55.

Ainda de noite, mas já na vila de Cascais está na hora de levar a bicicleta até ao parque de transição, verificar estado dos pneus e travões, colar os géis e a barra proteica ao quadro, colocar o bidon de água e o bidon de bebida isotónica nos respetivos suportes e tirar uma ultima foto para garantir que estava tudo impecável.

Segue-se a colocação dos sacos de Bike Gear e Run Gear no cabide 913 com dupla verificação. Primeiro se o conteúdo estava completo e não tinha perdido nada pelo caminho (meias, sapatilhas, géis e capacete) e se estava a colocar nos cabides certos cada um dos sacos.

O tempo ia passando. Pelo caminho encontrei outro BYL!, André Guerra que também se iria estrear na distância. Segue-se o momento de vestir o fato de neoprene, pegar na touca do evento e nos óculos de natação e dirigir-me para a praia da Baia de Cascais por volta das 6:30.

Entrei na água, que marcava os 18 graus de temperatura, acima da temperatura normal do mar de Matosinhos onde muito dos treinos se realizaram. A temperatura cá fora era de cerca de 17graus. Dei cerca de 10 braçadas naquele mar até ficar sem pé e parei a contemplar a paisagem. O nascer do sol seria dentro de 20 minutos, mas a claridade já iluminava o mar, os barcos dos pescadores e todos os atletas que como eu se recriavam com a água do Atlântico.

Sai numa partida rolling start. Partida em que 6 atletas partiam após 6 segundos dos anteriores e às 7:33 dei inicio à minha prova. O meu coração disparou e a ansiedade que até então se apoderou de mim foi transformada em energia. 13 minutos depois dos primeiros atletas não profissionais saírem, lá fui eu a comandar o meu sonho.

1900 metros de natação com uma saída australiana ao final de 500metros na praia da Conceição, esta primeira parte fiz sem grandes problemas. A maior dificuldade neste segmento encontrei após voltar à água para completar os 1400metros que faltavam. Alguns atletas mais lentos formavam linhas o que me obrigavam a abrir trajetória para os passar e percorrer maior distância ou mesmo parar. Outros atletas não mantinham as trajetórias e de vez em quando lá tinha que desviar de um outro ou outro braço ou perna que vinham na minha direcção.

Terminado o segmento de natação, a saída da água não era fácil, mas felizmente a organização colocou voluntários na rampa para auxiliar os atletas. O chão estava bastante escorregadio o que acrescentava uma dificuldade extra.

Primeira Transição: sentia-me bem, ao contrario do ultimo triatlo sprint de Esposende em que tinha saído completamente enjoado e tonto. Rapidamente me dirigi para o meu saco, tirei o fato de neoprene, calcei as meias, meti o capacete e óculos de sol até que o primeiro azar acontece: rasguei um dos cantos do dorsal. Preso só por uma das pontas durante o segmento de ciclismo iria com certeza rasgar pelo deslocamento do ar e sujeitar-me a uma penalização de 5 minutos. Falei com um dos organizadores da prova que me auxiliaram a fazer um novo furo. Prendi corretamente o dorsal no cinto e aí fui eu para a minha bicicleta começar o segmento em que me sentia mais à vontade.

Neste momento começamos a sentir o apoio do público que se ia espalhando ao longo da Avenida Marginal rumo à Ponte 25 de Abril

Este segmento tinha 50 km iniciais praticamente planos. Fui procurar o meu ritmo e segui a cerca 36km/h cumprindo a minha nutrição nas horas estipuladas. Tinha 1 barra e 2 geis. Findos estes 50km a prova mudava de imagem. Seguíamos de Estoril para a Serra de Sintra, com as subidas que isso implicava, fazendo um desvio pelo interior do Autódromo do Estoril. No dia anterior tinha feito um reconhecimento de carro pelo trajecto. Infelizmente enganei-me numa das estradas e fiz uma subida após a Lagoa Azul que me assustou e decidi que iria manter-me em gestão de esforços toda a prova até passar essa subida de forma a não correr o risco de não ter a energia suficiente para a fazer.

Felizmente o percurso era mais acessível, pois não subia tanto. Após a Lagoa Azul era basicamente a descer ou em plano. Então, foi o momento em que decidi arriscar mais um pouco, mas sem exageros para não ter contratempos como quedas ou acidentes com outros atletas.

Rapidamente cheguei ao Parque de Transição onde me enganei a entrar, e fui por um caminho mais longo deixar a minha bicicleta. Fui ao saco deixar o capacete e calçar as sapatilhas, a pala e os 2 géis que me acompanharam na meia maratona final deste triatlo longo. A modalidade de corrida foi a que gastei menos horas a treinar nestes meses de preparação. Caso tivesse necessidade iria recorrer ao espirito de sacrifício para terminar este segmento.

Segmento de corrida que tinha 4 abastecimentos e era composto por 2 voltas de 10 km. Guardei os meus geis para o km 10 e para o km 15. Entretanto fui sempre usando e abusando da coca cola, da água, da fruta que era dada e dos chuveiros para refrescar. Iniciei o meu segmento de corrida com a Vanessa Fernandes a passar para a sua segunda volta, sentir o apoio que ela recebia do público e roubar um pouco para mim não fez mal nenhum. Tentei até acompanhar o ritmo dela, mas era uns 3:50min/km e não era para mim. Existiam 2 subidas mais acentuadas, uma delas no Monte do Estoril e outra em S. João do Estoril que moiam um pouco as pernas. Em conversa com o João, dias antes da prova, tinha definido 5min/km de média na corrida e foi nesse plano que me mantive, sem grandes aventuras.  Ao longo dos kms fui me sentido cada vez melhor, talvez pela euforia de saber que ia passar no tapete vermelho de uma meta Ironman, abri um pouco o passo e já no último km parei e fui retribuir o apoio dado pelo meu pai, pela Ana e pelo Reitor.

Passar aquela meta é um momento mágico! Não sofri para completar, senti que me preparei e treinei minimamente bem. Levei comigo os conselhos de todos os que ao longo destes 4 a 5 meses fizeram alguns treinos em conjunto, ajudaram a planear ou mesmo a evoluir tecnicamente.

Obrigado BYL! e todos os que estiveram comigo nesta aventura. É aproveitar a inércia e seguir já para a próxima!

Muitos Parabéns ao Rui da Silva e ao André Guerra por esta excelente conquista. Obrigado por superarem os vossos limites e trazerem uma história inspiradora!

BEAT YOUR LIMIT NOW!

Oh Meu Deus 2017

Na passada 6ªfeira às 23:59, o nosso atleta Isaac Costa participou no Ultra Trail Oh Meu Deus (prova de 100km).

Com um longa e forte ligação a esta prova, o Isaac Costa, mesmo não tendo as condições físicas ideais para participar, decidiu, por respeito à prova, tentar todos os possíveis para a terminar.

Infelizmente, a participação do nosso atleta na prova foi curta. Durante a noite e depois de vários problemas gástricos, derivado ao cansaço acumulado nas últimas semanas, o nosso atleta tomou a decisão de abandonar a prova. O respeito pela prova é enorme mas o respeito por si próprio é ainda maior.

Diz o velho ditado que, “há mais marés que marinheiros”. Assim, nós temos a certeza que o Isaac recuperará rapidamente e voltará com novas conquistas como as dos últimos meses!

Rápidas melhoras, campeão!!!

BEAT YOUR LIMIT NOW!

I Trail dos Pernentas

No dia 1 de Maio (2ªfeira), chegou o tão desejado I Trail dos Pernetas. Um projecto construido em 3 anos e que por isso mesmo surge de forma sustentada e com trilhos com enorme potencial.

Uma prova organizada pelo Clube de Atletismo de Lamas e que surgiu com uma brincadeira há três anos atrás. Um grupo de amigos do Clube de Atletismo de Lamas decidiu organizar um treino pelos trilhos de Canedo (Santa Maria da Feira) de forma a explorar o potencial dos trilhos da vila. No entanto, esse treino tornou-se público e vários atletas da modalidade demonstraram a vontade de participar no treino. Juntaram-se 30/40 atletas ao evento e o Beat Your Limit! esteve representado nesse treino.

Nos dois anos seguintes foram organizadas de forma oficial dois Free Trail Running, aumentando cada vez mais a qualidade. Este ano, finalmente, foi criada a primeira edição da prova oficial. Participaram no evento 326 atletas e os trilhos foram motivo de grandes elogios! Nós ficamos contentes e felicitamos a organização por terem conseguido proporcionar um excelente dia a todos os atletas.

O Beat Your Limit! esteve representado por 8 atletas : João Laranjeira, Isaac Costa, Hugo Azevedo, José Carlos Cunha, Manuel Fonseca, Nuno Santos, Inês Pires e Tânia Mendes.

Felizmente foi também um dia excelente para o Beat Your Limit! : 4º classificado por equipas e 3º classificado do escalão (João Laranjeira), subindo assim ao pódio do Trail Curto (18km).

As classificações dos nossos atletas foram as seguintes :

João Laranjeira – 01:29:34, 7º geral e 3º escalão

Isaac Costa – 01:39:30, 21º geral e 8º escalão

Hugo Azevedo – 01:45:52, 32º geral e 14º escalão

José Carlos Cunha – 01:55:53, 54º geral e 19º escalão

Manuel Fonseca – 01:56:12, 56º geral e 20º escalão

Nuno Santos – 02:20:02, 128º geral e 54º escalão

Inês Pires – 02:46:41, 189º geral e 19º escalão

Tânia Mendes – 02:46:42, 190º geral e 20º escalão

O Beat Your Limit! felicita todos os atletas por mais um excelente resultado e uma representação fantástica!!!

#ESMAGAOIMPOSSIVEL

Madeira Island Ultra Trail 2017

No dia 22 de Abril (Sábado) às 00h00 deu-se início a mais uma edição da prova mais conceituada de Trail Running em território português, sendo a única prova nacional a fazer parte do Ultra Trail World Tour.

Inicialmente, o Beat Your Limit! estaria representado por dois atletas, no entanto devido à lesão do Kaká Jesus, apenas estivemos representados pelo Ivo Morais.

O nosso atleta ia com um objectivo claro: chegar a Machico ainda de dia, o que queria dizer que tinha de percorrer 115km, desde Porto Moniz até Machico, num máximo de 20 horas e 45 minutos (pôr do sol no Funchal). Na edição anterior o Ivo concluiu a prova em 22 horas e 12 minutos. Para este ano era necessário retirar aproximadamente 1 hora e 30 minutos ao tempo do ano anterior.

O Ivo, mais uma vez, começou a prova com bons ritmos e conseguiu chegar ao Curral da Freiras (ponto imtermédio da prova), com um tempo inferior ao do ano anterior. Era nesta fase que o Ivo podia fazer a diferença. Com a subida ao Pico Ruivo e a travessia para o Pico do Areeiro, o Ivo tinha que retirar ainda mais alguns minutos ao tempo do ano anterior, mas não levando o corpo ao limite de forma a poder fazer uma boa recta final da prova.

No entanto, o nosso atleta chegou ao Pico do Areeiro com um atraso de 11 minutos relativamente ao ano anterior. Ao chegar ao Pico do Areeiro com 15 horas e 14 minutos, o Ivo sabia que tinha que impor ritmos elevados nos restantes 40 km de prova. O objectivo principal estava complicado, mas ainda era possível.

O Ivo tentou um último esforço, reduzindo para 5 minutos a diferença entre o ano anterior, na chegada ao abastecimento seguinte, Ribeiro Frio. Infelizmente nos momentos seguintes, o Ivo começou a ter um grande indisposição, talvez como consequência do grande esforço que vinha a fazer. A partir do abastecimento do Poiso, ainda com 26 km de prova, o objectivo principal do Ivo passou a ser finalizar a prova. Talvez o caminho mais fácil, naquele momento, fosse abandonar a prova, mas o Ivo é um campeão e respeita todos aqueles que o acompanham e sofrem com ele. Por isso mesmo, o caminho era apenas um…conseguir ir até à meta e terminar mais uma edição do Madeira Island Ultra Trail.

Com muita dificuldade e com a desilusão de não conseguir atingir o objectivo principal, o Ivo conseguiu chegar a Machico com 22 horas 45 minutos e 32 segundos, tendo sido acompanhado nos últimos quilómetros pelo Kaká.

Os nossos atletas jamais cairão sozinhos. Sonhamos e concretizamos em grupo, respeitando sempre o desporto e tentando marcar a diferença na sociedade.

O Ivo não atingiu o seu objectivo principal, mas deu uma lição de coragem, paixão e respeito pelo Trail Running e pelo desporto no geral.

Obrigado Ivo! Nem a noite apagou o teu brilho!

 

Trail de Lagares 2017

A 5ª edição do Trail de Lagares, realizada no dia 9 de Abril, contou, mais uma vez, com a presença de atletas Beat Your Limit!. Nesta edição da prova estiveram presentes a Tânia Rebelo, a Tânia Mendes e o Gil Castro. Todos participaram no Trail Longo, prova de 17km de distância.

Numa prova já tradicionalmente conhecida pelo excelente ambiente vivido nos trilhos, esta edição teve melhoras significativas em termos de percurso. Este era mais exigente, mas também mais atractivo.

Relativamente às classificações, os 3 atletas chegaram juntos à meta, concluíndo os 17km em 4 horas, 23 minutos e 35 segundos.

O Beat Your Limit! felicita os atletas pelo desempenho e por continuarem a bater os seus limites!!!

TU COMANDAS O TEU SONHO!

Meia Maratona de Barcelos

A faltar  menos de 3 semanas para o Madeira Island Ultra Trail, o nosso atleta Ivo Morais deslocou-se no passado Domingo à cidade de Barcelos para participar na meia maratona da cidade.

Com o objectivo claro de perceber o seu estado de forma e perceber como o corpo reagiria a uma prova rápida depois de um treino longo no dia anterior, o Ivo encarou a Meia Maratona de Barcelos como um teste decisivo para o MIUT.

Felizmente a prova correu como esperado e o Ivo consegiu realizar uma excelente prova e inferir o seu estado de forma e o seu potencial para o MIUT.

O Ivo finalizou a prova em 1 hora, 31 minutos e 6 segundos, classificando-se na 81ª posição da geral.

O Beat Your Limit! felicita o atleta pelo bom desempenhona prova e pela excelente preparação que está a realizar para o Madeira Island Ultra Trail.

Corrida do Mar 2017

No passado Domingo, 2 de Abril, o Beat Your Limit! esteve representado na Corrida do Mar, com 4 atletas: Hugo Azevedo, Nuno Santos, Tânia Rebelo e Tânia Mendes.

Num dia primaveril mas com temperaturas de Verão, os atletas foi brindados com um belo percurso à beira mar, percorrendo a marginal da terra mais bonita de Portugal, Leça da Palmeira!

Com objectivos diferentes e com reacções diferentes ao calor, os nossos atletas acabaram por realizar uma excelente prova.

O Hugo concluiu a prova em 47 minutos e 7 segundos (368º da geral), o Nuno em 55 minutos e 42 segundos (964º da geral), a Tânia Mendes em 1 hora, 1 minuto e 59 segundos  (1331º da geral) e a Tânia Rebelo em 1 hora e 2 minutos (1332º da geral).

O Beat Your Limit! felicita os seus atletas pelo grande esforço e superação.

TU COMANDAS O TEU SONHO.