Triatlo Longo de Caminha

No dia 29 de Maio (Sábado), a Associação Beat Your Limit!, representada por João Laranjeira, Manuel Fonseca, João Moita e Miguel Carneiro, participou no Triatlo Longo de Caminha, etapa do Campeonato Nacional de Clubes de Triatlo de Longa Distância.

A cidade de Caminha tornou-se num marco importante para os nossos ateltas, pois a maior parte deles já não competia há mais de um ano. Com um foco e solidariedade incríveis os nossos atletas, fizeram todos os possíveis para concluirem as suas provas e assim pontuarem para o campeonato nacional.

Os resultados dos nossos atletas foram os seguintes :

João Laranjeira : 00:28:11 (Natação) – 00:02:23 (Segmento 1) – 2:38:18 (Ciclismo) – 00:01:50 (Segmento 2) – 01:39:26 (Corrida) – 04:50:08 (Total)

Manuel Fonseca : 00:29:55 (Natação) – 00:02:53 (Segmento 1) – 02:41:39 (Ciclismo) – 00:01:55 (Segmento 2) – 01:57:46 (Corrida) – 05:14:08 (Total)

Miguel Leão : 00:30:58 (Natação) – 00:03:23 (Segmento 1) – 02:43:30 (Ciclismo) – 00:01:56 (Segmento 2) – 02:04:07 (Corrida) – 05:23:54 (Total)

João Moita : 00:30:21 (Natação) – 0:02:05 (Segmento 1) – 02:46:32 (Ciclismo) – NC (Segmento 2) – NC (Corrida) – Não concluiu o ciclismo devido a lesão (Total)

Com a lesão do João Moita, os nossos atletas tiveram um grande espírito de solidariedade e resiliência, tendo a equipa conseguido pontuar para o campeonato nacional.

Com o objetivo de percebermos os sentimentos dos nossos atletas no retorno à competição, de seguida apresentamos umas breves palavras de cada um deles.

João Laranjeira

Passado 18 meses consegui retornar à competição. Foram momentos especiais, onde voltei a ter as sensações da estreia. Já tinha saudades de conviver com colegas de outras equipas e sentir a adrenalina da competição.
Quanto à prova, tornou-se mais difícil do que era expectável. Uma natação com bastante ondulação e um segmento de ciclismo muito ventoso que obrigou a um esforço adicional. Depois de termos perdido, por lesão, o nosso líder, a equipa percebeu que teria que fazer um esforço extra e concluir a prova de forma a pontuar para o campeonato nacional. Assim, o segmento de corrida foi realizado com bastante esforço mas com um compromisso por parte da equipa que nos deixa orgulhosos e com boas expetativas para o futuro.
Fica o retorno à competição e a certeza que, mesmo com limitações, a competição é o combustível na vida dos atletas.

Manuel Fonseca

Após um longo período sem competição, havia muitas duvidas sobre como iria decorrer este evento. Uma prova destas exige sempre o máximo de respeito por parte dos atletas e em que o treino, ou a falta dele, fazem toda a diferença. Entrando na prova, o segmento de natação sentia-me confiante numa boa prestação mas, as condições para nadar não eram as que Caminha nos brindou no passado, tendo chegado ao fim com cãibras nas pernas. Seguia-se um percurso de 90 km de bicicleta, plano, em que, teoricamente, não seria muito exigente. Felizmente consegui manter um ritmo forte tendo ignorado o vento forte que soprava de norte e que acabou por pesar mais à frente na corrida. Quanto à meia maratona, a organização surpreendeu-me com um novo percurso, dentro da cidade em vez do habitual trail no pinhal de edições anteriores. Aqui, ressenti-me do esforço acumulado na natação e bicicleta mas, felizmente, consegui chegar ao fim em razoável estado físico.”

Miguel Leão

Mais um triatlo desta vez em Caminha! É sempre bom aproveitar o ambiente antes da competição. Ver os atletas, os equipamentos, as bicicletas. Tudo faz parte da festa. Desta vez o mar com algumas ondas obrigou a um pouco mais de uso da força, fazendo com que não se tivesse chegado à transição para a bicicleta tão “fresco” como seria expectável. A bicicleta decorreu num circuito agradável com muito público sempre a apoiar. E era ver os primeiros classificados quando nos cruzávamos, que velocidade, que máquinas ( quando for grande quero ser assim). Chegámos à corrida e as pernas não estavam nas melhores condições. Cãibras, derivadas ao esforço e talvez à má hidratação fizeram com que batesse o meu recorde (negativo) pessoal na distância. Mas quando assim é, há que manter o espírito e chegar ao fim. Cheguei ao fim, custou, mas fiquei com a sensação de dever comprido.

João Moita

Em dia de regresso à competição de triatlo na distância que mais gosto de fazer, não foi o dia perfeito mas sim um dia de saber ouvir o corpo.
Após a ansiedade inicial e o tiro de partida, começou a confusão da natação. Esperava um segmento tranquilo mas tal não aconteceu. No meio de umas braçadas bem dadas e outras nem por isso lá sobrevivi ao primeiro segmento e estava no ciclismo pronto a dar tudo para recuperar algum tempo perdido.
Aos 30km senti má disposição, mas nada de alarme pois haveria de passar. Seguindo ritmos altos, lutando contra o vento e essa má disposição lá consegui fazer grande parte do ciclismo como queria.
Quando faltava 10km para acabar o segmento senti uma pontada no glúteo que só de ir sentado na bicicleta era incómodo. Abrandei na esperança da dor ser passageira mas infelizmente, levou-me a concluir o ciclismo pedalando somente com uma perna.
Pelo caminho de retorno ao parque de transição tive que aceitar que ia ser o meu DNF em triatlo.
Hoje, a frustração está a passar e sinto-me motivado para voltar aos treinos e aos bons resultados.
Parabéns aos meus companheiros de equipa que perante todas as adversidades não viraram a cara à luta e concluíram a prova.

A Associação Beat Your Limit! felicita os nosso atletas pelo excelente desempenho e esforço em prol da equipa.

Faz a diferença!