https://www.facebook.com/pt281/videos/1403249676371615/
Conforto, desempenho e durabilidade são os 3 adjectivos escolhidos pela nossa equipa para classificar as sapatilhas Go Run 4 da Skechers.
Estas sapatilhas foram testadas em dois ambientes completamente distintos: na prova PT281+ e em treinos longos de estrada (com distância superior a 26km). Em ambos os casos a nossa equipa ficou maravilhada com os resultados.
O Kaká Jesus utilizou as Go Run 4 na prova PT281+. Este teste foi realizado em condições extremas, com percursos mistos de trilhos de terra e percursos em estrada, as sapatilhas realizaram 281km consequetivos. Durante toda a prova, as sapatilhas responderam positivamente, dando bastante conforto, rapidez e flexbilidade tanto em piso plano como em piso com desnível acentuado (positivo e negativo). Embora não sendo umas sapatilhas para utilizar em trilhos de terra, a escolha do nosso atleta para esta prova foi 100% acertada. No final, o atleta conseguiu fugir à grande dificuldade de todos os atletas: o massacre no pés.
As Go Run 4 também foram testadas pelo João Laranjeira em treinos longos de atletismo de estrada. Durante esses testes, as sapatilhas demonstraram ser uma boa opção para os atletas que gostam de conforto mas ao mesmo tempo rapidez. As sapatilhas mostraram ser bastante leves e dão o conforto e suporte necessário aos treinos/provas de longa distância, como a meia maratona e maratona.
Conclusão: As Go Run 4 são uma excelente opção para aqueles atletas que gostam de um bom suporte na passada mas também gostam de sapatilhas leves para obter bons desempenhos. Estas são indicadas para todos os tipos de atletas, dos iniciados aos mais experientes. Tanto nos treinos mais rápidos como nos mais longos, estas sapatilhas são uma boa opção, adaptando-se a ambos os tipos de treino.
https://www.youtube.com/watch?v=laCNb-XjWMA
Para qualquer dúvida ou pedido de informação, por favor contactem a nossa equipa por email ou por facebook.
Nota: Obrigado ao Kaká Jesus e ao João Laranjeira (atletas patrocionados pela skechers) por realizarem os referidos testes.
Tal epopeia tinha que ser contada na primeira pessoa. O atleta tinha que transmitir esta aventura e contar pormenores de tal conquista. Foram longos momentos onde cada detalhe tinha influência no seu destino. Fica o relato do grande campeão Kaká Jesus.
“Mais (muito mais) que 281 kms…
A PT 281+ foi um desafio que me marcou, não só fisicamente como também a nível psicológico. Consegui terminar a prova, com a moral em alta, depois de ter passado um mau bocado…
O castelo de Belmonte vestiu-se de gala para ver partir os 42 atletas inscritos. A minha primeira surpresa acontece aqui, quando os meus grandes amigos, a minha família do coração (FT), os meus anjos, surgiram todos de igual, com uma t-shirt de apoio. Uma grande emoção tomou conta de mim e as energias foram carregadas ao máximo.
Saí para os primeiros Km da prova totalmente moralizado. Foram feitos a correr, na companhia dos manos Luz e de uma Lua imponente, que se fazia refletir nas águas de uma forma estrondosa…
A paragem na primeira base de vida (BV1), o Sabugal, foi curta, apenas para comer algo. Segui animado em direção a Penamacor (BV2). Aqui, já com 80 km nas penas, pensei: “que porrada foi esta??”. Levei a primeira marretada, é certo 😉 Na BV2 a minha equipa esperava por mim, com a mesa posta e tudo pronto para me receber. Tinham um verdadeiro banquete à minha espera, no entanto, um pouco de cerelac, pizza e tomate foi tudo o que consegui ingerir. A vontade de comer era pouca, muito pouca! Descanso uns minutos e ponho os pés ao caminho… E que tortura foram os 41 km seguintes!
Ao longe, bem ao longe, começo a ver Monsanto, a aldeia mais portuguesa de Portugal, lá no alto. A aproximação foi dolorosa, tendo em conta a inclinação brutal e a calçada romana infinita!! Tudo doía, mas o que eu mais procurava era água, já que a minha se tinha esgotado e o calor não perdoava. Ainda faltavam 10 km para a próxima BV… Passo numa fonte, mergulho a cabeça na água, encho os bidões e sigo caminho. Nessa altura já pensava em desistir, e essa vontade cresceu depois da última subida até Penha Garcia. Já a chegar ligo, a chorar, à Cristina, minha mulher e membro da minha equipa de apoio, e digo-lhe que não vai dar mais, que ainda faltam 160 km e eu já estou de rastos. Ela diz-me para ter calma, que iam tratar de mim… Já quase a chegar à BV3 aparece o João, meu grande amigo e também membro da equipa de apoio. Eu, de novo em lágrimas, digo-lhe que não podia mais e que não tinha nada mais para dar… Ele ignorou-me e disse-me que precisava de descansar, mas descansar a sério…
Mais uma vez, estava tudo pronto à minha espera. A minha equipa, constituída por 3 pessoas (a Cristina, o João e o Diogo – fisioterapeuta), levou-me a casa de uma senhora, residente na aldeia, e à sua porta deu-me um banho de água fria (de mangueira). Cinco minutos depois, e já de roupa lavada, estava a dormir!!! Dormi umas boas 2 horas. Aquele pensamento de desistir tinha desaparecido, entretanto. Acordo bem-disposto, e cheio de fome, e sou tratado como um rei. A minha equipa foi, de facto, espetacular…. Fiquei quase novo e de energias renovadas pela presença da minha querida FT, que tudo fez para me animar e motivar…
Procuro sair da BV3 com companhia e é quando aparece o Faria. Fomos companheiros durantes os 82 km seguintes. Entre conversa, fotos, chamadas e sms os km iam passando e os pés e pernas iam ficando cada vez mais massacrados (pudera;)).
Chegamos a Idanha à Nova (BV4 – Bombeiros) e, mais uma vez, tinha a FT à minha espera. Preocupados com o meu estado não quiseram mais deixar-me! Aqui tenho nova grande surpresa com a chegada do meu amigo Ivo Morais, a mulher Paula, e os filhos Diogo e Catarina. Fizeram questão de acompanhar o meu percurso daqui para a frente, dormindo no carro, comendo pelo caminho e tomando banho onde dava. Não tenho palavras para agradecer…
A “box da Ferrari”, como era conhecida a minha equipa de apoio, lá me pôs a mexer. A Cristina na roupa e comida, o João na parte do equipamento e suplementação e o Diogo na parte muscular. Que trio maravilhoso e que grandes malucos estes! Sem eles não teria sido possível…
Lentiscais (BV5) era a próxima aldeia a ser conquistada. Foram 42 km, maioritariamente feitos de noite, cuja companhia do Faria fez toda a diferença. Podíamos até não falar, mas sabíamos que estava ali alguém…
Pelo meio lá aparecia o Ivo, a Paula e os miúdos… Fotografias, para ficar registado, e duas de letra e lá seguíamos o nosso caminho. A noite foi passando e o dia começa a aparecer. Que lindo estava o céu! Amarelo, laranja, azul… este amanhecer teve direito a “paragem facebook” 😉
Lentiscais estava em festa e nós parecíamos ser os convidados de honra. Fomos recebidos por todos aqueles que nos apoiavam, sim os mesmos de sempre: FT (os meus anjos), família Morais e a família do Faria. Se não me engano, eram 23 pessoas no total. Só para que tenham uma ideia da dinâmica deste grupo, na entrada do Centro de Dia (Lentiscais) estava a minha roupa, usada anteriormente, estendida a secar. E, durante o tempo que lá estive, a Tânia e a Susaninha (FT) foram a uma farmácia, em Castelo Branco, comprar umas pomadas para os pés, que muito me ajudaram, e que entretanto estavam a acabar. Indescritível toda esta organização! De banho tomado, roupa lavada e barriga cheia segui o meu caminho, agora sozinho, já que o Faria resolveu sair mais cedo. Saí fresco e renovado, com protetor solar até aos olhos, para me proteger do intenso sol que não dava tréguas…
O próximo destino era agora Vila Velha de Ródão (BV6). Mais 31 km (e mais uma surpresa). Saio forte, a correr em estrada, mas com sobe e desce. Alcancei 3 atletas que iam a passo. Nesta fase da prova foi um tal de tirar fotos… Era a organização (Paulo Alexandre), eram os amigos que nos acompanhavam… Tudo para mais tarde recordar! O sol estava muito forte e a água desaparecia. Ao entrar numa localidade dou de caras com um cafezinho, que parecia ter sido colocado ali de propósito… Litro e meio de água fresca (oferecida já que o dono do café não aceitou o pagamento – boa gente esta) que desapareceu num ápice. Uns km à frente outro café e, desta vez, um geladinho (como eu tinha sonhado com um calipo de morango). Mais ums km e 6 garrafões de 5 lt de água tinham sido deixados à porta de uma propriedade por um habitante local – “um oásis” pensei eu!!
Continuo a minha saga, a caminhar, fazendo uma média de 5 km por hora. Já avisto a Vila e, à entrada desta, tenho companhia até à BV6. O João, o Ivo e a Mariana fazem as honras e caminham ao meu lado. Ao chegar a referida surpresa. O meu amigo Leandro, aninhado e com as lágrimas nos olhos, esperava por mim. Com ele vieram a mulher, Andreia, o Vitor, a Patrícia, o Miguel, a Helena, o Valter, a Paula e o André… Que grandes malucos estes meus amigos vindos do Porto. E mais uma garrafa de oxigênio para os 46 km finais! E claro que também lá estava a FT em peso para me receber!
Fónix!!!! 29 pessoas em meu redor a duzentos e tal kms de casa???? Nem queria acreditar… Agora era cerrar os dentes e ir até ao fim 😉
Os 31 km seguintes, até Montes da Senhora (BV7), eram duros e decisivos (1300d+, 20h15m). Com a noite a cair, despeço-me dos meus amigos e cumprimento o Paulo Borges, da organização, que me diz: “Carlos agora é pensar km a km”. Interiorizei aquela indicação e saio confiante, de bastões em punho (não era fácil utilizar bastões pois o gps ocupava uma das mãos). O João acompanhou-me nos 200 metros iniciais e a partir daqui estou novamente sozinho. Ligo o frontal, cerro os dentes e sigo montanha acima. Foram cerca de 8 km, entre trilhos e estrada, num subir constante, onde a pedra solta era muita e os meus pés já pediam clemência. Estavam maçados, pisados e desesperados para que aquele troço acabasse rapidamente. Quanto a mim, foi o mais feio de toda a prova. Durante este percurso avisto a minha gente. Esperam-me à beira de uma fonte, onde me debruço e bebo, quase ofegante, como se fosse a última água à face da terra. Olho para eles a chorar e queixo me do trilho. A Paula diz-me: “força Kaká, o pior já passou!”.
Montes da Senhora estava agora mais perto e, pelo caminho, já com a música ligada, alto e bom som, passo mais 3 atletas e consigo alcançar ainda o Rodrigo, que estava parado a mudar as pilhas do frontal. Conversa puxa conversa e percebo que o Rodrigo tinha estado também à conversa com os meus amigos. Perguntou-lhes quanto é que eu lhes pagava para me acompanharem a tantos km de casa. Quando lhe responderam que era apenas amor e amizade ficou admirado. Tinha 7 irmãos e vários amigos, mas sabia que se lhes pedisse um esforço idêntico levava como resposta uns dedos do meio, bem levantados!
Finalmente chego à BV7! Toda a minha comitiva estava lá, novamente. Enrolados em mantas, com sono e fome, mas prontos para o que fosse necessário… Tratam-me dos pés, dão-me uma taça de cerelac, bem quentinho, e, sem demora, lá sigo eu rumo à meta.
24 km separam-me da concretização de um sonho. Proença está mesmo perto, pensei! Os primeiros 10 km passam rápido, maioritariamente feitos em alcatrão. Os Morais e a minha equipa de apoio estão por todo o lado. Mal entrava numa localidade lá estavam eles a incentivar. O tempo passou bem mais depressa.
Chego a Vale de Urso. Como ansiei por este momento. Nesta localidade estava alojada a FT, os meus anjos. O Gil, a Carla, o Rodrigo, o Tiago, a Ana, o Tomás, a Mariana, a Tânia, o Nuno, o Duarte, a Susaninha e a minha querida filha Maria, passavam pelas brasas mas, em jeito de alvorada, o Hugo trata de os acordar. Ainda com a roupa do dia anterior, já que tinham chegado a casa há poucos minutos, festejaram, abraçaram-me e claro, tiramos uma foto para a posteridade… Faltavam agora 6 km e o corpo estava a dar as últimas. O sono era muito e as alucinações eram por demais… Nunca pensei que fosse possível caminhar e dormir ao mesmo tempo, mas foi o que aconteceu!
E eis que entro em Proença. O sonho estava ao virar da esquina. Começo a descer e dou de caras com o Hugo. As lágrimas caem e já não tenho controlo sobre nada. Viro à esquerda e vejo a meta, e vejo-os, TODOS, à minha espera, prontos para festejarem comigo. Gritam por mim, querem que eu chegue! A Cristina tem a medalha de finisher nas mãos… Inclino-me e ela coloca-me a medalha ao pescoço! A magia acontece!! 62h35m depois estou rodeado pelos meus amigos, que choram de felicidade comigo. Abraço-os 1 a 1, em forma de agradecimento, pois sem eles não teria sido possível!
Beat Your Limit! Que orgulho fazer parte desta equipa, MUITO OBRIGADO a todos… Agradeço ao meu treinador, António Nascimento, pelo enorme trabalho que tem feito comigo (já sabes que vais ter que beber a cerveja J )
À Skechers Portugal agradeço a confiança e aproveito para dizer que as GOrun 4 mantiveram os meus pés impecáveis ao longo de todo o percurso!
Às Marias um muito obrigado pela energia extra, fornecida naquelas bolinhas maravilhosas…
Agradeço também a todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, me foram incentivando ao longo do percurso (sms, telefonemas, etc.)
Não posso deixar de dirigir aos organizadores da PT281+ um enorme aplauso pela organização da prova
E deixo uma grande vénia àqueles malucos que estiveram no terreno comigo. Vocês são os meus HERÓIS!
Sou finisher da Pt281+ carago…”
Pouco mais de uma semana depois de terminar uma grande jornada, onde estiveram presentes 2 atletas Beat Your Limit!, estamos em condições de publicar algo sobre a PT281+.
A PT281+ é uma ultra maratona de 281km, onde os atletas tiveram o tempo limite de 66 horas para concluir a prova. O evento ocorre no distrito de Castelo Branco e liga o concelho de Belmonte ao concelho de Proença-a-Nova. Basicamente é uma prova especial, organizada por pessoas especiais para atletas especiais. O ambiente vivido é muito familiar e a entre ajuda entre atletas, organização, equipas de apoio e todas os familiares e amigos dos atletas é brilhante…especial!
No dia 18 de Agosto às 18 horas 36 atletas partiram à procura de concretizar os seus sonhos. Centrados no castelo de Belmonte, os atletas ouviram as últimas palavras da organização e depois de um grande e forte aplauso de todo o público presente, partiram para um desafio que prometia ser de uma dureza sobre humana. Os termômetros rondavam os 30º e os próximos dias seriam ainda piores.
Na primeira Base de Apoio (BA1), no Sabugal, a nossa equipa recebe uma má notícia. Com pouco mais de trinta kms de prova, o nosso atleta Isaac Costa é obrigado a abandonar a prova devido a graves problemas gástricos. O Beat Your Limit! entrava a perder. O Kaká Jesus era o único atleta em prova e todo o foco ia em sua direção.
Avizinhavam-se tempos difícies. Já na BA3 (Penha Garcia) o nosso atleta Kaká Jesus chega em condições muito negativas. O cansaço era totalmente evidente e a PT281+ tinha feito moça. O primeiro pensamento do atleta foi desistir, pois não tinha qualquer energia para continuar. No entanto, depois de um banho frio e umas horas de sono, o atleta continuou em prova. Agora o objectivo era curto e consistia em chegar à próxima base de apoio (BA4) – Idanha-a-Nova.
Felizmente tudo correu bem e o Kaká chegou a Idanha-a-Nova (BA4) em boas condições. Mais de metade da prova estava concluída! As BA5 (Lentiscais) e BA6 (Vila Velha de Rodão) foram conquistadas com sucesso! A etapa que ligava a BA6 à BA7 (Montes da Senhora) era crucial. A noite estava prestes a cair e todos sabiam que esta etapa seria crucial na conquista deste grande objectivo do Kaká Jesus.
Embora muito desgastado, o Kaká chegou à BA7 (Montes da Senhora) em condições de lutar pelo sonho. Faltavam pouco mais de 20km e o objectivo estava prestes a ser conquistado!
Às 9h do dia 21 de Agosto, passadas 62 horas e 35 minutos de prova, o nosso grande atleta, Kaká Jesus, terminava a PT281+. no 8ºlugar O sonho tornava-se realidade e o Kaká teve uma recepção à sua altura. A amizade, o amor e a perseverança mais uma vez levaram a melhor sobre todas as adversidades. Proença-a-Nova recebia o Kaká Jesus, e a sua equipa e amigos poderam finalmente descansar e festejar esta enorme conquista.
https://www.facebook.com/beatyourlimit/videos/1743492235889984/?video_source=pages_finch_main_video
A PT281+ foi conquistada por pessoas especiais e o Kaká tornou-se ainda mais especial. Muitos Parabéns Kaká!!!!